
Era uma manhã comum e estava eu sentada na praça de alimentação de um shopping esperando uma amiga chegar. Cansada e impaciente comecei a notar as pessoas que estavam a minha volta. Ao meu lado um senhor abocanhava um salgado como se aquela fosse a sua primeira refeição do dia. No braço direito carregava uma pulseira - creio ser de ouro-. Aquele senhor parecia um aposentado bem de vida, para observá-lo melhor fitei-o por alguns instantes e ele percebeu a minha presença, mas não me intimidei e comecei a observar as outras pessoas. Na minha frente uma moça acabara de sair, usando blusa amarela, calça jeans e cabelo preso. Ela me transmitia um "ar" de trabalhadora e determinada, mas cansada da labuta diária. Percebi que ela me notara no momento em que observava o senhor e escrevia sem parar. No canto da praça uma moça senta-se com um lápis na mão e põe alguns papéis sobre a mesa, não tenho dúvidas que se trata de uma estudante. Entre um minuto e outro ela olha os papéis, faz algumas anotações e olha para frente, acredito que assim como eu esperava por alguém. Ao seu lado sentam-se dois rapazes. Um deles usando blusa verde e o outro blusa e boné vermelhos. Eles monstravam-se a todo instante intertido na tela do computador que estava a sua frente. Adiante posso comtemplar dois idosos. Um deles deve ter uns 75 anos- faz anotações em um papel e não tira os olhos de uma caderneta sobre a mesa. O outro idoso parece ser mais jovem, mas o vejo mais distante da realidade. Com as mãos no queixo ele começa a observar as pessoas que estão a sua volta, mas duvido que ele imagine que está sendo observado. Atrás de mim por poucos minutos uma senhora refinada senta-se na mesa ao tempo em que fala ao celular. Ela usava um vestido azul com bolsa, cinto e peep toe vermelhos (um charme). Eu não tinha dúvidas que ali estava uma mulher chique e de bom gosto, mas a sacolinha da Arezzo que segurava em uma das mãos só veio fortalecer a minha idéia- algumas mulheres sabem como se vestir bem-. Aos poucos o shopping foi lotando e pessoas não paravam de transitar de um lado para o outro. Eu estava cansada de observar as pessoas, cansada de escrever, mas minha amiga teimava em demorar.
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