quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Ester



Este post será dedico exclusivamente à ela. Não tenho pretensão de externar o amor que sinto, até porque não seria capaz de mensurá-lo. Quero apenas relatar características e qualidades que habitam nesta pequenina. Ao acordar: diferentemente do que se espera de uma criança, que ao despertar possuí um humor péssimo, ela acorda sorridente, falante (balbuciando palavras desconhecidas por mim), disposta a dar-me um beijo quando solicito (todos os dias minha solicitação acontece), um abraço quando imploro. Se estar na minha cama, desce prontamente e sai pela casa em busca de como agitar o dia com sua bagunça diária. Se no berço, abre as mãozinhas, chama por "mama" e abre um lindo riso ao livrar-se daquela cama com grade que faz sentir-se limitada num espaço tão pequeno. Passa o dia brincando, assistindo. Muito criativa, usa seus brinquedos e utensílios da minha cozinha para diverti-se. Sim, ela pega panelas, vasos, tampas, tudo que estiver ao seu alcance.  E minha sala   transforma-se numa brinquedoteca, há dias que até transitar pela casa é complicado. Por isso, destrambelhada como sou, vivo pisando em brinquedos espalhados por todo o canto. Quando cansa da brincadeira pega o controle da televisão, senta no sofá e liga o DVD que já está no homer theater. Me viu fazer esta cena tantas vezes que não foi difícil aprender rapidamente. Claro, ela não sabe o que é o play, então vou lá e finalizo o serviço. Fica sentada por alguns minutos, atenta, sorridente, interagindo com o filme do DVD, mas pouco tempo depois, perde a paciência, desce do sofá, pega novamente os brinquedos. Vez ou outra faz uma dancinha, divide a atenção entre o filme na TV e os objetos espalhados. Assim vai findando seu dia. Quando descemos para passear ela diverte-se também, mas em casa é seu mundo particular.  Ao anoitecer: ele ama ficar acordada, por isso muito cansativo fazê-la dormir. Coloco no colo, ando pela casa, faço carinho, explico que precisa dormir, ligo a TV, desligo a TV, apago a luz, acendo a luz, canto musiquinhas, finjo que dormi e só dorme após virar de um lado para o outro e quando a bateria descarrega por completo, ela fecha os olhinhos, respira fundo e adormece. Uma princesa, um doce, uma bateria sendo recarregada para agitar meu dia na manhã seguinte.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Quase 30!

 
Não esperei, não pensei, nem desejei falar sobre isto tão brevemente. Mas, que posso fazer? Os anos passaram tão rapidamente. Em 2002, uma adolescente completando 15 anos e muitos sonhos num coração imaturo. Ano de 2015, uma mulher, formada,casada e mãe. Com um coração imaturo  e muitos sonhos,confesso. O tempo transforma apenas algumas coisas. O que somos de verdade não  pode-se mudar.  Mas  ele é cruel! Rosto juvenil, olhar imaculado, pele rígida e energia sobrando não duram para sempre. Quase 30. Quase 30 e sinto na pele o peso desta idade. Não estou com 29, contudo no auge dos 27 não deixo de pensar quão duro vai ser enfrentar a proximidade da velhice. Que dramática!! Até lá mais 30 anos para se viver e mesmo assim já tenho medo. Você percebe que estar envelhecendo, quando roupas divertidas já não ficam tão bacanas em você, quando crianças na rua te chamam de "tia" e quando o termo "senhora" torna-se rotina. Observa também quando passa na frente de uma escola e morre de inveja ao ver adolescentes rindo à toa, correndo, jogando confessa fora, exalando no ar o cheiro da juventude. E você? Do outro da rua, lembrando de como foi magnífico ter feito parte de tudo isto. Os amigos da escola, o diário secreto, o amor proibido, até as aulas de matemática começam a fazer falta em sua vida. Ao menos, é assim que me sinto toda vez que isto acontece. A idade é algo que não se pode frear, por isso, vou vivê-la com dignidade. Enfrentarei de rosto (mesmo com rugas) erguido tudo o que tenho para viver: uma mulher balzaquiana. De tudo, não será tão conturbador vivenciar tudo isto. Há quem diga que a mulher quando chega aos 30, torna-se mais responsável, segura e determinada. Pode vir três décadas de vida, estarei preparada!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Pagando a língua

"Paguei a língua". Acredito que todos já usaram esta frase, mesmo que não tenha a vivenciado verdadeiramente. Se nunca a usou, ou melhor, se ainda não pagou a língua, espere até ser mãe e o fará. Não é incomum criticar a criação dos filhos alheios. Confesso, já as fiz algumas vezes, quem nunca não? Quando se planeja ser mãe tudo o que se quer é fazer o oposto do que visivelmente é errado. Visível para quem está de fora, óbvio. Vivenciar os relacionamentos é algo absolutamente diferente de apenas jugá-los. Por isso, querida leitora, a prática nos prega algumas peças(acredite). Sempre idealizei um desenvolvimento intelectual e social que fosse saudável para minha filha, ou seja, nunca programei deixá-la o dia inteiro frente à televisão. Sempre imaginei que brinquedos educativos, que fogem o padrão exigido pela maioria das crianças fossem ser úteis e indispensáveis. Mas, quem não possui uma babá(como no meu caso, meu bem) sabe que a TV é uma grande amiga, melhor uma mãe temporária muito bacana( divertida,colorida, interativa e não grita com o filho). Claro que não anula a importância do papel da mãe. Busco aproveitar todos os momentos ao lado da filhota. Porém, quando o chão precisa ser limpo, a comida preparada, as roupas lavadas, a louça limpa após o jantar, os lençóis da cama trocados e por fim à privacidade de se ir ao banheiro bate fortemente à sua porta, quem não tem uma babá, uma mãe, tia, irmã, gato, cachorro ou papagaio tem que recorrer ao auxílio televisivo. Ah! Engana-se quem a desconsidera pouco educativa. Com vídeos infantis, as crianças aprendem muito. Começam a memorizar letras de músicas, fazer dancinhas e gestos, reconhecer cores e animais. A TV é um bom refúgio quando se tá atolada de afazeres.  Ahh, não posso deixar de agradecer a Ana Paula Valadão e a turma do Diante do Trono Infantil, vocês salvam minhas manhãs, e tardes e noites também...rsrs. Paguei a língua, paguei e continuo pegando. Pagando e gostando muito.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Espera

Muito tempo sem nenhuma postagem e está é mais que especial. O motivo? Vai ser fácil descobrir. Não tem como não pensar, não falar e não escrever sobre você. Sete meses se passaram e relutei em expor o turbilhão de sentimentos que tomam conta do meu coração (é amor demais). Mas, hoje a emoção bateu forte e preciso que todos saibam da tamanha felicidade que habita em mim. Ainda não nos vimos, mas a nossa relação é a mais íntima que possa existir. Pensar que você é uma parte minha parece loucura, mas farei de tudo para que seja minha melhor parte. Não vivenciei noites em claro, dias de choro e cansaço profundo, mas tudo isso parece tão pequeno diante da imensa espera por você. Acredite! Acordo e durmo pensando em ti, passo horas idealizando nossa rotina e futuro - são tantos planos. Confesso que a ficha não caiu totalmente e posso sentir que deve ser está a sensação de quem ganhou milhões na loteria. Eu paro e penso: puxa! Eu sou mesmo uma mulher de sorte. Tenho plena consciência que não se trata apenas de mais uma etapa concluída, vai ser mudança total. De mimada, chorona e medrosa terei que me tornar num porto seguro, um alguém estável e maduro, pronta a entender e defender seus medos e dores. Será que consigo? Desistir definitivamente não fará mais parte da minha vida. O que me resta é esperar...o que mais espero é que dois meses passem logo, quero carrega-lá em meus braços e sentir o seu cheirinho. Mamãe te ama, Esterzinha você é a minha melhor espera.  

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Leia-me



Ler. Durante boa parte da minha vida este era um hobby que apreciava muito. Nada me fascinava tanto quanto um conjunto de frases agrupadas em um romance. Era incrível a sensação de fazer parte de cada história, como se fosse mais um personagem vivendo todos os conflitos e emoções. Amantes da leitura conseguem entender bem o que quero dizer. Ler é algo enriquecedor cujo leitor é o maior beneficiado. Mas, todo este conceito hoje permanece apenas em meus pensamentos. Já faz alguns meses que não consigo desfrutar da tranquilidade de uma boa leitura e não me refiro apenas a leitura de romances, não consigo ler um artigo científico, um jornal, uma revista ou até mesmo uma longa publicação no meu facebook. Eu acredito que a ansiedade e as horas  desperdiçadas na internet são alguns fatores para toda esta minha falta de valorização do tempo. Já me encarreguei da leitura de dois livros, do primeiro selecionado consegui sair do prefácio, o segundo só iniciarei após findar o primeiro. Resta-me lançar-me nas histórias/estórias que me esperam. Meu desejo é conservar com êxito e prazer este apreciável hábito.

Indico: Nunca desista dos seus sonhos (Augusto Cury), Bem-vindo, Espírito Santo (Benny Hinn), A moreninha (Joaquim Manuel de Macedo), Senhora (José de Alencar), Agosto (Rubem Fonseca), O caso dos dez negrinhos (Agatha Christie), Biblia Sagrada (autores diversos inspirados por Deus).

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Vida de casada


Estado civil: CASADA. Nossa, quanta pressão para uma jovem de 24 anos. Quem imagina que estar casada é apenas dividir a mesma cama, engana-se. Quando uma mulher moderna sela sua união, está firmando um compromisso pessoal que não admite falhas. Casa, marido, filhos e emprego precisam estar em harmônia. Ainda não experimentei todas as fatias deste bolo, mas carrego comigo esta missão. O fato de estar casada, não implica dizer que a esposa transforma-se numa serviçal do lar, mas toda mulher inteligente cuida bem da casa, do marido e de si mesma. Almoço de estudante já não faz parte do cardápio, as roupas precisam estar sempre passadas e o banheiro sempre limpo. Higiene é peça fundamental para qualquer relação. Uma casa é o reflexo de sua dona. Não é difícil admitir que a vida de casada pode ser um tanto cansativa. Porém, toda mulher inteligente há de concordar que todo marido precisa ser educado por sua esposa. Sogras não educam maridos para nós, apenas para elas mesmo. Para conservar sua união é necessário muito esforço. Tudo que vou falar é clichê e real. Homens não conhecem regras básicas de um lar: toda panela precisa ser destampada e tampada novamente, o vaso sanitário não fecha-se sozinho, a porta do armário após aberta deve ser fechada, a cueca não anda até o balde de roupa suja, cadeira não é guarda-roupas e peças sujas e limpas precisam estar sempre separadas. Pode parecer pequenas falhas, mas isso tudo no dia-a-dia dá uma canseira danada. Maridos, não precisa fazer nada, apenas mantenham tudo no lugar. Toda mulher inteligente precisa de um homem sensato. A bela vida de casada é constituída a dois.

Noiva em Apuros

Após tantos assuntos abordados, chegou o momento de falar sobre o grande dia para toda mulher. Casar é realmente um lindo sonho. Antes de aproximar-me do meu, confesso que achava meio exagerada a empolgação de uma noiva. Mas, quando você se torna a peça principal da história tudo muda. A trajetória até o dia de subir ao altar é árdua. Não duvide do desespero de uma noiva. O casamento pode estar marcado com um ano de antecedência, algo sempre estará fora dos ajustes. Comigo não foi diferente. Noivei no dia 24 janeiro/2011 e meu casamento estava marcado para dezembro/2011. Não tinha noção em qual data seria, mas sabia que de dezembro não passaria. Toda noiva é meio louca, cismada e insegura. Eu a definiria como uma mulher com TPM que encerra-se com três letras: SIM. Pense na tribulação : escolher o vestido ideal, o penteado chique, a maquiagem bacana e a decoração perfeita. Não esquecendo de selecionar os padrinhos, eleger o pajem , a dama de honra e a porta alianças, não é uma tarefa fácil (quem casou sabe do que estou falando). Mas onde entra o noivo nessa história? O meu entrou no dia marcado para o casamento, 17 de dezembro de 2011. Como a maioria dos homens, casar para ele resumia-se em estarmos confortáveis e juntinhos em nossa casa. Lógico que pensei nisso também, mas minha mente tinha muitas outras preocupações. Contudo, não desistia de trazê-lo para minha realidade. Amor, você prefere a decoração branca ou colorida? Amor, não entendo nada disso. Amor, você prefere salgados ou um jantar? Amor, não entendo nada disso. Amor, você prefere cadeiras de ferro ou plástica? Amor, não entendo nada disso. Amor, você prefere smoking ou roupa de noivo? Amor, não entendo nada disso. Esse homem quase me deixa louca. Ele só tinha certeza de uma coisa : noiva de coque é a treva. Não foi em vão que usei cabelos soltos no dia. Apesar de não haver a mesma empolgação por parte dele, a gente sempre pensa em agradar. E o melhor, vale a pena. Se você está de casamento marcado, não pire agora. Leia um bom livro, faça anotações, experimente penteados, deguste alguns salgados e não perca a chance de ir a algum casamento antes do seu. No dia tudo será perfeito, do jeitinho que você sonhou, mesmo que todos achem que ali no altar está casando um mulher estressada e louca.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ele em minha vida



Eu já postei sobre muita coisa nesse blog, falei inclusive sobre mim diversas vezes, entretanto, reconheço que questões pessoais não faziam parte do meu repertório. Sentimento sempre foi algo que tratei com muita delicadeza ao longo do tempo. Porém, ao abrir meu blog e ver que uma amiga minha (iniciante neste cenário) usou seu espaço para abrir seu coração e declarar a sua história de amor, sem medo e sem reservas, fiquei tentada a escrever sobre algo assim. Espero conseguir traduzir um pouco da minha história, sem deixar que as mazelas sobressaiam. Vou avisando antes de tudo que não sou uma mulher perfeita e que ansiedade, ciúme e insegurança sempre farão parte de muitas dessas poucas linhas que escreverei. Vamos começar. Muito jovem (nos meus doces e saudosos 14 anos) eu descobri o que era a paixão e um turbilhão de sentimentos tomou conta de mim: eu chorei, sorri, gritei, sonhei, esperei, mas aquela paixão não durou mais que dois anos. Após esse tempo, tive mais umas paixonites que também feriram meu coração, porém nada comparado ao impacto que sofri aos meus 17 anos. Eu fui envolvida por um sentimento tão veroz, que podia jurar: aquilo não era só paixão. Não, aquilo era amor. Eu sofria demais, queria demais, sonhava demais e mais uma vez a decepção me surpreendeu, deixando-me sem esperança. Eu não queria me apaixonar novamente, não queria derramar mais nenhuma lágrima, desejava a solidão e nela afoguei meus sentimentos. O amor parecia ter fugido de mim, os sonhos morreram. Passei 2 anos e 8 meses sozinha, abalada, marcada por cicatrizes que não sei porque ainda faziam doer meu coração. Amar. Não, eu não estava preparada para isso. Porém, eu não sabia o que me preparava o destino, quer dizer, o destino ,não, era somente o agir de Deus. Era início de maio e, como sempre, eu acessei a minha conta do Orkut ,quando certo rapaz deixou um recado para mim. O recado parecia não fazer muito sentido, pois dizia apenas assim: "estou tentando mandar um recado para você e não consigo". Ao ler ,imaginei que ele me conhecia de algum lugar, mas não me recordava daquele semblante. Após este recado trocamos mais alguns e depois de alguns dias nos falamos pelo MSN. Ele me disse depois de um tempo que me namorava já fazia um mês, entrava todos os dias em meu Orkut só para ver o meu sorriso e esperar de alguma forma que eu o questionasse quanto às diversas visitas que fazia em minha conta, mas ele não sabia que meu Orkut era bloqueado e eu nunca saberia da existência dele. Em muito pouco tempo ficamos bastante próximos e sem perceber já trocávamos confidências. Me apaixonar? Não. Eu não queria. Eu havia sofrido muito e a história daquele rapaz não trazia muito conforto para mim. Por ser ansiosa e insegura eu sempre desejei alguém que não tivesse tido um passado intenso (diversas namoradas, decepções, aventuras), pois, dentro de mim ,sempre soube que não havia (e ainda não há) maturidade para aceitar e esquecer certas coisas. O misterioso rapaz não era conhecido por mim, mas muitas coisas de nossas vidas já haviam se cruzado. Ele morou na cidade onde eu cresci, sua tia foi mui amiga de minha bisavó, ele brincou de bola na infância com um dos meus tios maternos e, pouco antes de nos conhecermos ele visitou a mesma igreja da qual fazia parte numa outra cidade. Eu sempre imagino que, de alguma forma, nossas vidas se cruzariam. Após conversas na internet, marcamos um encontro. Namorar ainda não fazia parte dos meus planos, afinal, ele tinha um passado muito forte, era maduro para minha pouca experiência, eu o conheci na internet (homem de internet não era para mim) e ele era alto e magro demais. Fugia aos meus padrões (não combinava com uma baixinha, como eu). Mas o dia do encontro havia chegado e eu não podia voltar atrás. Nos encontramos num posto de gasolina e nos dirigimos até uma igreja. Dentro do carro, eu tentava fingir naturalidade. Entretanto, meu desespero e desconforto diante daquela situação eram nítidos. Após o término do culto, fomos sair para comer, eu estava insegura demais, para não fazer feio inventei de pedir uma pizza de tomate seco com rúcula, certa de que causaria uma boa impressão, eu não ia pedir calabresa e cebola, né? Só que a pizza era tão ruim, que nem quis comer. Antes de retornar para casa, ficamos dentro do carro ouvindo música. Sem perceber estávamos abraçados, trocando carinho, não nos beijamos, mas ficamos parados olhando um para o outro, sem nada para dizer, desejando apenas que aquele momento não terminasse nunca. No outro dia, não nos vimos, mas marcamos outro encontro. Ele me esperou no mesmo posto, me recebeu com o mesmo sorriso e meu corpo sentiu o mesmo arrepio que havia sentido na primeira vez que nos olhamos. Resolvemos almoçar juntos e, durante o caminho, ele me entregou um urso (lindo) de pelúcia, dizendo que aquele seria nosso primeiro filho.Claro que fiquei toda boba! Durante o almoço, ele me pediu em namoro, mas nada respondi. No fim da tarde, fomos ver o pôr-do-sol e, invadida por uma atmosfera perfeita de maresia, carinho, desejo e carência nos beijamos. Havia tanto tempo que meus lábios não tocavam o de alguém ,que senti como se beijasse pela primeira vez. Eu não podia voltar atrás, eu já havia beijado, já havia me envolvido, só não sabia o que aconteceria depois. Ao anoitecer ele me levou em casa, tomei um banho (super rápido) e fomos visitar outra igreja, após o culto permanecemos juntos, conversando, nos beijando , como se aquela fosse a rotina de um velho casal de namorados. Na semana seguinte, falei com meus pais sobre meu, agora, namorado, e ele foi conhecê-los. O homem misterioso da internet agora faz parte da minha vida. Como num piscar de olhos tudo mudou, eu juro que posso sentir que será para sempre. Sete meses se passaram e, até hoje não conseguimos nos desgrudar. Cada dia desvendo um homem novo, cheio de qualidades e, com alguns defeitos. Confesso que um relacionamento não é nada fácil. Por isso, não pensem que vivo um mar de rosas. Ainda tenho muita birra com o passado dele, nos desentendemos algumas vezes, fazemos cara feia. Não fazemos nada que um casal de namorado já não fez, mas gostamos de pensar e sentir que somos os únicos. Eu construo, dia após dia a, minha história de amor.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Mudar o passado


"Queria poder mudar o passado". Quando abri meu orkut e vi que participava desta comunidade lembrei numa fração de segundos porque havia entrado nela- a mente humana é fantástica. Eu já fiz tanta burrada na vida que seria perda de tempo lembrar e remoer as decepções\frustrações deste meu sofrido passado(vocês sabem que sou dramática). Se minha vida fosse um teclado acredite que meu dedo não sairia do "delete". Não pensem que tenho um passado sujo, sempre fui boa moça (boa, mas não ótima). Mas, quem não queria esquecer de vez as bobagens que já fez? Imagine como seria bom esquecer que chorou por um babaca que não te dava valor ou apagar aquele micão que você pagou no meio da galera (seria mara tudo isso). Se eu pudesse mudar o passado eu iria começar mudando o passado de minha mãe. Calma, não há nenhuma loucura nisso, mas ao mudar o passado de minha mãe eu mudaria o meu passado. Nada de achar que iria transformar por completo a vida dela, eu queria apenas mudar um dia da sua vida , o bendito dia em que uma moça (baixinha e loira) de Paulo Afonso-Bahia, resolveu escrever seu nome numa lousa. Sabe qual o nome dela? Lucicleide, ou seja, o meu nome. Minha mãe sempre me conta que ao ver aquele nome escrito em letras garrafais no quadro-negro duma sala ela achou tão lindo que resolveu pôr em mim - eu mereço, né? Resultado? Eu tive que conviver com este nome estranho\feio e sem graça todos estes anos. Eu sei que não é bacana falar nada disso, mas eu queria muito poder mudar este passado. Tantos nomes bonitos, simples e meigos ela escolheu justamente o mais estranho- mães, quem entende? Eu mudaria muita coisa, de mãe apesar do nome não mudaria nunca, mas outras já não posso dar tanta certeza. Entretanto, preciso confessar que o passado possui seu valor , e muito grande, diga-se de passagem. O homem é fruto do que plantou e ainda que tenha sido doloso colher tantas mágoas, um dia valerá a pena ter "passado "por tudo que enfrentou. Queria poder mudar o passado, mas como não posso vou cuidando do presente para no futuro nao querer mudar este meu futuro passado.

Vida de Estagiário


O segundo semestre de 2010 estava começando e eu já estava ansiosa. Claro que não há novidades nisso, pois ansiedade parece ser minha marca (vida cruel). Entretanto, havia realmente um motivo especial (eu juro). Eu estava iniciando o 8º semestre de enfermagem e só me restava estágio até a graduação. Logicamente eu estava amando todo esta idéia, finalmente eu iria pôr a mão na massa e fazer vários procedimentos. Como era o primeiro estágio antes do último ano de formação eu iria atuar em uma Unidade Básica de Saúde (as USF's-Unidades de Saúde da Família) e não na Rede Hospitalar. Logo na primeira semana achei o máximo tudo que fazíamos e qualquer vacina administrada em alguém já era motivo de comemoração. Mas, eu não passava de uma simples estagiária e acredite: estagiário sofre. Rodeada de médicos, enfermeiros e dentistas minha participação dentro daquela comunidade era quase imperceptível, mas era eu (e meus amigos estagiários) quem fazia o serviço pesado (gosto mesmo de exagerar). Se faltasse receituário quem iria virar os quatro cantos da Unidade até achar? O estagiário, claro. Palestra sobre DST's, Tuberculose, Vacina, Câncer de Mama, Hanseníase, Anemia falciforme, quem vai palestrar? O estagiário, claro. O paciente saiu da sala de espera no momento em que iria iniciar seu atendimento, quem corre atrás do paciente? O estagiário, claro. Enfermeira atolada de serviços precisando tirar uma Xerox do outro lado da rua, quem vai tirar a Xerox? O estagiário, claro. Mulher barraqueira causando vexame dentro da Unidade, quem vai ouvir as barbáries ditas por aquela louca? O estagiário, claro. São tantas emoções (trabalho pesado) vividas que me cansa falar sobre todas elas. Eu não menti quando disse que estagiário sofre. Mas, confesso que vou ficar morrendo de saudades de tudo isso que vivi e que não vou esquecer nunca dessa minha vida maluca e corrida de estagiário. Afinal, ano que vem tem mais e como você já sabe: estagiário sofre!!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O meu muito obrigada!


Esta postagem não é só mais uma postagem(juro). Não vou falar sobre comida, nem política tampouco sobre estrelas sem noção da TV brasileira. Hoje quero explanar minha gratidão por cinco garotas muito especiais. Ao decorrer vamos conhecer cada uma delas e entender o porquê desta simples/cafona "homenagem". O blog não é algo tão empolgante e novo quanto o Orkut e o Twitter, não conseguimos ver a vida alheia(por isso também uso o orkut) e ter contato com famosos (por isso também uso o twitter) com ele, mas acredite, há quem goste. Como sou suspeita em falar sobre tal assunto escolhi estas garotas (bode espiatório?nada disso). Quando criei o blog queria apenas exercitar minha escrita e me distrair -escrever é meu hobby-, mas fui gostando tanto da coisa que cada vez que fazia uma nova postagem eu divulgava entre os amigos. Não nego que me desesperei e quis expor meu novo brinquedinho à todos, mas era uma droga, quase ninguém lia. Uns diziam que leiriam depois, outros o link nunca abria, alguns tinha tanta cara de pau que fingiam até ter lido e assim iam me enrolando - coisa chata isso. Eu sei que não sou nenhuma escritora que mereça destaque ou crédito de alguém, mas custa ler um textinho para me fazer feliz (me sentia uma coitada)? Como nem tudo é só tristeza (ufa) eu sabia que em algum lugar o que escrevia seria lido. Eu tenho leitoras fiéis (desculpa, sou chique)! Não há um texto que seja feito em vão, todos elas já leram. Por isso que me sinto feliz em poder contar com vocês. Quando escrevo sobre algum tema imagino o que vão pensar e me esforço para agradá-las. Acho que é isso que faz meu blog ser tão feminino.Estão curiosas para saber quem são? Claro que é você boba! Eu agradeço de coração Adriana, Sheila, Glenda, Cibele e Danúsia, sem vocês escrever não teria menor graça. Afinal, só vocês mesmo para perder tempo lendo tanta bobagem (brincadeirinha). O meu muito obrigada, meninas!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Geração vergonhosa


Domingo de sol em Salvador e não havia coisa melhor do que ir a praia e relaxar. O lugar escolhido por mim e por alguns familiares foi o porto da Barra. O lugar é lindo e bastante visitado, porém, naquela tarde o ambiente estava péssimo para mim. Por ser um domingo de bastante sol a praia estava lotada, o que já provoca certo desconforto em mim, mas confesso que aquilo era o que menos me amofinava. A cena que presenciei não é novidade para ninguém, entretanto não consigo ficar inerte e aceitar toda esta situação. Sentei-me afastada do mar, afim de ter maior visibilidade da praia e maior privacidade (o que sabia ser impossível). Logo em frente dois jovens e uma mulher estavam sentados sem quaisquer sinal de percepção aos demais que estavam no local. Porém, toda esta calmaria foi-se embora quando mais cinco rapazes chegaram e começaram a movimentar-se em volta dos três. Eu fiquei parada só observando. Primeiro porque costumo analisar todo o ambiente em que me encontro e segundo porque a cena decorrida de frente à mim. Um dos rapazes que chegara ajoelhou-se próximo aos dois que já estavam no lugar e acendeu um cigarro, outro tirou várias notas de R$ 100,00 e R$ 50,00 e entregou-as ao mesmo. Depois disto os rapazes começaram a repartir o mesmo cigarro, e o mau cheiro tomou conta do lugar, mas não era um cheiro qualquer. Aqueles jovens traficavam e tragavam um cigarro de maconha em plena luz do dia em um local público envolto por idosos e crianças. Eu fiquei abismada! A inversão de valores desta nova sociedade é tamanha que já não podemos questionar certas atitudes que nos rodeiam. Mordaças invisíveis que nos impedem de gritar aos quatro cantos: até onde vamos com tanta liberdade? Pode me chamar de careta, mas é burrada toda essa liberdade jovial. Não foi por isso que jovens idealistas foram exilados e um país inteiro saiu as ruas em 1992. A nova geração desconhece a liberdade, porque aprisiona-se nas drogas, na violência e ainda assim insitir em dizer que é livre e feliz. Estamos formando jovens acéfalos e cheios de si. Eu tenho vergonha da minha geração.