
Eu já postei sobre muita coisa nesse blog, falei inclusive sobre mim diversas vezes, entretanto, reconheço que questões pessoais não faziam parte do meu repertório. Sentimento sempre foi algo que tratei com muita delicadeza ao longo do tempo. Porém, ao abrir meu blog e ver que uma amiga minha (iniciante neste cenário) usou seu espaço para abrir seu coração e declarar a sua história de amor, sem medo e sem reservas, fiquei tentada a escrever sobre algo assim. Espero conseguir traduzir um pouco da minha história, sem deixar que as mazelas sobressaiam. Vou avisando antes de tudo que não sou uma mulher perfeita e que ansiedade, ciúme e insegurança sempre farão parte de muitas dessas poucas linhas que escreverei. Vamos começar. Muito jovem (nos meus doces e saudosos 14 anos) eu descobri o que era a paixão e um turbilhão de sentimentos tomou conta de mim: eu chorei, sorri, gritei, sonhei, esperei, mas aquela paixão não durou mais que dois anos. Após esse tempo, tive mais umas paixonites que também feriram meu coração, porém nada comparado ao impacto que sofri aos meus 17 anos. Eu fui envolvida por um sentimento tão veroz, que podia jurar: aquilo não era só paixão. Não, aquilo era amor. Eu sofria demais, queria demais, sonhava demais e mais uma vez a decepção me surpreendeu, deixando-me sem esperança. Eu não queria me apaixonar novamente, não queria derramar mais nenhuma lágrima, desejava a solidão e nela afoguei meus sentimentos. O amor parecia ter fugido de mim, os sonhos morreram. Passei 2 anos e 8 meses sozinha, abalada, marcada por cicatrizes que não sei porque ainda faziam doer meu coração. Amar. Não, eu não estava preparada para isso. Porém, eu não sabia o que me preparava o destino, quer dizer, o destino ,não, era somente o agir de Deus. Era início de maio e, como sempre, eu acessei a minha conta do Orkut ,quando certo rapaz deixou um recado para mim. O recado parecia não fazer muito sentido, pois dizia apenas assim: "estou tentando mandar um recado para você e não consigo". Ao ler ,imaginei que ele me conhecia de algum lugar, mas não me recordava daquele semblante. Após este recado trocamos mais alguns e depois de alguns dias nos falamos pelo MSN. Ele me disse depois de um tempo que me namorava já fazia um mês, entrava todos os dias em meu Orkut só para ver o meu sorriso e esperar de alguma forma que eu o questionasse quanto às diversas visitas que fazia em minha conta, mas ele não sabia que meu Orkut era bloqueado e eu nunca saberia da existência dele. Em muito pouco tempo ficamos bastante próximos e sem perceber já trocávamos confidências. Me apaixonar? Não. Eu não queria. Eu havia sofrido muito e a história daquele rapaz não trazia muito conforto para mim. Por ser ansiosa e insegura eu sempre desejei alguém que não tivesse tido um passado intenso (diversas namoradas, decepções, aventuras), pois, dentro de mim ,sempre soube que não havia (e ainda não há) maturidade para aceitar e esquecer certas coisas. O misterioso rapaz não era conhecido por mim, mas muitas coisas de nossas vidas já haviam se cruzado. Ele morou na cidade onde eu cresci, sua tia foi mui amiga de minha bisavó, ele brincou de bola na infância com um dos meus tios maternos e, pouco antes de nos conhecermos ele visitou a mesma igreja da qual fazia parte numa outra cidade. Eu sempre imagino que, de alguma forma, nossas vidas se cruzariam. Após conversas na internet, marcamos um encontro. Namorar ainda não fazia parte dos meus planos, afinal, ele tinha um passado muito forte, era maduro para minha pouca experiência, eu o conheci na internet (homem de internet não era para mim) e ele era alto e magro demais. Fugia aos meus padrões (não combinava com uma baixinha, como eu). Mas o dia do encontro havia chegado e eu não podia voltar atrás. Nos encontramos num posto de gasolina e nos dirigimos até uma igreja. Dentro do carro, eu tentava fingir naturalidade. Entretanto, meu desespero e desconforto diante daquela situação eram nítidos. Após o término do culto, fomos sair para comer, eu estava insegura demais, para não fazer feio inventei de pedir uma pizza de tomate seco com rúcula, certa de que causaria uma boa impressão, eu não ia pedir calabresa e cebola, né? Só que a pizza era tão ruim, que nem quis comer. Antes de retornar para casa, ficamos dentro do carro ouvindo música. Sem perceber estávamos abraçados, trocando carinho, não nos beijamos, mas ficamos parados olhando um para o outro, sem nada para dizer, desejando apenas que aquele momento não terminasse nunca. No outro dia, não nos vimos, mas marcamos outro encontro. Ele me esperou no mesmo posto, me recebeu com o mesmo sorriso e meu corpo sentiu o mesmo arrepio que havia sentido na primeira vez que nos olhamos. Resolvemos almoçar juntos e, durante o caminho, ele me entregou um urso (lindo) de pelúcia, dizendo que aquele seria nosso primeiro filho.Claro que fiquei toda boba! Durante o almoço, ele me pediu em namoro, mas nada respondi. No fim da tarde, fomos ver o pôr-do-sol e, invadida por uma atmosfera perfeita de maresia, carinho, desejo e carência nos beijamos. Havia tanto tempo que meus lábios não tocavam o de alguém ,que senti como se beijasse pela primeira vez. Eu não podia voltar atrás, eu já havia beijado, já havia me envolvido, só não sabia o que aconteceria depois. Ao anoitecer ele me levou em casa, tomei um banho (super rápido) e fomos visitar outra igreja, após o culto permanecemos juntos, conversando, nos beijando , como se aquela fosse a rotina de um velho casal de namorados. Na semana seguinte, falei com meus pais sobre meu, agora, namorado, e ele foi conhecê-los. O homem misterioso da internet agora faz parte da minha vida. Como num piscar de olhos tudo mudou, eu juro que posso sentir que será para sempre. Sete meses se passaram e, até hoje não conseguimos nos desgrudar. Cada dia desvendo um homem novo, cheio de qualidades e, com alguns defeitos. Confesso que um relacionamento não é nada fácil. Por isso, não pensem que vivo um mar de rosas. Ainda tenho muita birra com o passado dele, nos desentendemos algumas vezes, fazemos cara feia. Não fazemos nada que um casal de namorado já não fez, mas gostamos de pensar e sentir que somos os únicos. Eu construo, dia após dia a, minha história de amor.
uau´"""" Miga seja muitooo felizz *----*
ResponderExcluirQue fofo...Já li esse livro antes... Isso vai dar casamento com certeza!
ResponderExcluirAdorei o post! Linda história! Desejo toda felicidade do mundo para vocês dois. Beijos, vecina 2!
ResponderExcluirTudo muito lindo , muito romantico, nao vou dizer boa sorte , pq a nossa sorte esta em Deus entao...Deus abençoe a vida e o relacionamento de Voces.
ResponderExcluirAmiga dsculpa ter demorado tanto p ler, mas o momento era esse, estava precisando conheçer uma historia tão linda como essa. Apesar de nao ter conhecido essa historia pessoalmente, eu ouvia sua voz quando eu lia. Espero que o meu insentivo pra fz vc escrever sua historia no blog, me insentive a continuar a escrever a minha. Te amo muito, e vc sabe que te desejo o melhor, o que ha de mais perfeito pra vcs dois...
ResponderExcluirQue linda a sua história Kêu. Espero que ele te faça muito, mas muito feliz e que tenham um futuro lindo juntos. Você é uma pessoa cativante e especial, não merece sofrer por nada, muito menos por amor. Felicidades ao casal.
ResponderExcluirLiiu
Ai Keuzinha, que lindooooo!!! E hoje eu estou tão sensivel, fica tudo mais intenso. Que linda declaração. Felicidades
ResponderExcluirSua história é muito linda e emocionante!!!Tenho certeza que serás muito feliz!!!
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