Não esperei, não pensei, nem desejei falar sobre isto tão brevemente. Mas, que posso fazer? Os anos passaram tão rapidamente. Em 2002, uma adolescente completando 15 anos e muitos sonhos num coração imaturo. Ano de 2015, uma mulher, formada,casada e mãe. Com um coração imaturo e muitos sonhos,confesso. O tempo transforma apenas algumas coisas. O que somos de verdade não pode-se mudar. Mas ele é cruel! Rosto juvenil, olhar imaculado, pele rígida e energia sobrando não duram para sempre. Quase 30. Quase 30 e sinto na pele o peso desta idade. Não estou com 29, contudo no auge dos 27 não deixo de pensar quão duro vai ser enfrentar a proximidade da velhice. Que dramática!! Até lá mais 30 anos para se viver e mesmo assim já tenho medo. Você percebe que estar envelhecendo, quando roupas divertidas já não ficam tão bacanas em você, quando crianças na rua te chamam de "tia" e quando o termo "senhora" torna-se rotina. Observa também quando passa na frente de uma escola e morre de inveja ao ver adolescentes rindo à toa, correndo, jogando confessa fora, exalando no ar o cheiro da juventude. E você? Do outro da rua, lembrando de como foi magnífico ter feito parte de tudo isto. Os amigos da escola, o diário secreto, o amor proibido, até as aulas de matemática começam a fazer falta em sua vida. Ao menos, é assim que me sinto toda vez que isto acontece. A idade é algo que não se pode frear, por isso, vou vivê-la com dignidade. Enfrentarei de rosto (mesmo com rugas) erguido tudo o que tenho para viver: uma mulher balzaquiana. De tudo, não será tão conturbador vivenciar tudo isto. Há quem diga que a mulher quando chega aos 30, torna-se mais responsável, segura e determinada. Pode vir três décadas de vida, estarei preparada!
Nenhum comentário:
Postar um comentário